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Proliferação

Também conhecido como: Reprodução celular, Proliferação celular

A proliferação (do latim proles – prole, progênie, e fero – gerar) é o processo biológico fundamental da reprodução celular por meio do crescimento e subsequente divisão (mitose), que leva ao aumento do número de elementos celulares e, consequentemente, ao crescimento dos tecidos.

Esse processo é a base do desenvolvimento, crescimento e manutenção da vida em qualquer organismo multicelular. A proliferação assegura tanto as funções fisiológicas normais como o desenvolvimento de muitas condições patológicas, incluindo o crescimento tumoral.

Proliferação fisiológica e patológica

O processo de proliferação celular pode ser normal e controlado, ou excessivo e patológico.

Tipos de proliferação:

  • Proliferação fisiológica:
    • Descrição: Um processo normal e estritamente regulado, necessário à vida.
    • Exemplos: O desenvolvimento embrionário, crescimento infantil, regeneração tecidual após lesão (cicatrização de feridas), renovação de células em constante processo de morte (pele e epitélio intestinal, células sanguíneas) e proliferação de linfócitos em resposta à infecção (resposta imune).
  • Proliferação patológica:
    • Descrição: A reprodução celular excessiva, descontrolada ou pouco controlada, que está na origem de muitas doenças.
    • Exemplos: Neoplasias benignas (pólipos, adenomas, miomas), em que a proliferação é excessiva, mas mantém um controlo parcial. Tumores malignos (cancro), caracterizados por proliferação totalmente descontrolada com invasão dos tecidos circundantes. Psoríase, caracterizada pela proliferação excessiva de células da pele.

Mecanismos moleculares e regulação

A proliferação baseia-se na progressão da célula ao longo do ciclo celular: uma sequência de eventos que culmina na divisão celular. Este ciclo é estritamente controlado por um sistema complexo de proteínas reguladoras.

Os genes supressores de tumores (por exemplo, p53, Rb), que atuam como «travões», interrompendo o ciclo quando necessário, e os proto-oncogenes, que, ao contrário, codificam proteínas que estimulam a divisão (fatores de crescimento, seus recetores), desempenham um papel fundamental na regulação. Normalmente, existe um equilíbrio entre estes sistemas. A perturbação deste equilíbrio devido a mutações leva a uma proliferação descontrolada e é a principal causa do desenvolvimento do cancro.

Importância clínica

O conceito de proliferação é central na oncologia, patomorfologia e medicina regenerativa. No diagnóstico histológico de tumores, a determinação do índice de atividade proliferativa (por exemplo, utilizando o marcador Ki-67) é um fator prognóstico fundamental: quanto mais elevado for este índice, mais agressivo é o tumor e pior é o prognóstico. A maioria dos quimioterápicos são agentes antiproliferativos, ou seja, sua ação visa suprimir a divisão ou destruir células cancerosas que se multiplicam rapidamente. Ao mesmo tempo, estimular a proliferação controlada é um dos principais objetivos da medicina regenerativa, que visa restaurar o tecido danificado.

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